Varíola do Macaco

História da varíola do macaco

O Vírus causador da varíola do macaco foi inicialmente identificado no ano de 1958 após evidenciar que alguns símios que desembarcaram de Singapura para Dinamarca estavam doentes.

Contudo o primeiro caso de acometimento no ser humano aconteceu no ano de 1970 identificado na República Democrática do Congo.

Até recentemente a maioria dos casos desta doença era de infecções regionais localizadas na área rural de alguns países do continente Africano, porém com a baixa taxa de notificação da doença, baixo controle de infecções transmissíveis e importante progressão da globalização este vírus foi capaz de sair do local onde se encontrava e atualmente conforme dados de 27 de Junho de 2022 da Organização Mundial de Saúde foram notificados com comprovação microbiológica 3413 casos da doença, acometendo mais de 50 países.

variola do macaco
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Transmissão

Sabemos que a transmissão deste microorganismo acontece por via respiratória e por contato íntimo, e até o momento não é foi esclarecido o motivo exato, mas a maioria das infecções até foram evidenciadas em homens que tem relação sexual homossexual (HSH).

Como o vírus pertence à mesma família do vírus da varíola (doença erradicada através da vacinação em massa no século 19) as pessoas que foram vacinadas para este microorganismo (vacinação realizada até o ano de 1980) apresentam uma taxa de proteção por reação cruzada em cerca de 85% contra o vírus da chamada Monkeypox.

Apesar da antiga vacina da varíola parecer apresentar alta taxa de proteção, atualmente estão sendo desenvolvidas vacinas específicas contra o vírus da varíola do macaco que tem pretensão de bloquear o surgimento de uma nova pandemia caso seja desenvolvida a tempo.

Estágios

A doença se manifesta com sintomas que se assemelham à uma gripe, como febre, dor de cabeça e dor no corpo, calafrios, exaustão, que podem durar em média três dias. Na fase seguinte aparecem as lesões na pele que evoluem em cinco estágios, conhecidos como mácula, pápulas, vesículas, pústulas e finalmente crostas, estágio final quando caem. É o contato com elas que causa a transmissão do vírus para outras pessoas.

A Varíola do Macaco (Monkeypox) causa uma doença mais branda que a varíola (Smallpox), mas em alguns pacientes de risco, como imunossuprimidos e crianças, ela pode se desenvolver de forma mais grave, mas que dificilmente poderá levar à morte. A taxa de letalidade da doença descrita na África gira em torno de 1 a 3%.

O período de incubação da doença é em torno de 3 semanas, mas o isolamento de casos confirmados deve ser mantido até o desaparecimento das crostas.

Na visão do médico infectologista, é uma doença que pode sim ser responsável por disseminação global, mas caso aconteça não terá tanto impacto quanto a recente pandemia do COVID19. Visto que os casos na maioria das vezes resultam em processos infecciosos de baixa gravidade e a taxa de transmissibilidade da doença é muito menor em comparação ao COVID.

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