História da COVID

Os Coronavírus são vírus já conhecidos há muitos anos, podendo causar processos infecciosos tanto em seres humanos quanto em animais. Predominantemente acometem morcegos, ratos, camundongos, galinhas, gatos, cachorros, cavalos e camelos.

A primeira infecção humana foi descrita no ano de 1960, mas os processos infecciosos até aquela época eram limitados e de baixa gravidade.

Ao longo dos anos o vírus foi se adaptando e foram surgindo novas variantes até que em novembro de 2002 foi descrita a primeira epidemia global da doença e os casos evoluíam com síndrome respiratória aguda grave, por este motivo o vírus identificado neste cenário foi nomeado SARS-Cov. Foram descritos casos em cerca de 26 países e mais de 8mil pessoas adquiriram a doença com uma taxa de letalidade de cerca de 10%.

Em 2012 novamente a covid voltou a apresentar relevância clínica com uma mutação específica encontrada em países o oriente médio, Europa e África. Pela localização dos casos, o agente neste cenário foi nomeado de MERS-Cov, a doença atingiu 27 países acometendo cerca de 3500 pessoas com uma taxa de letalidade em torno de 35%.

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Pandemia

Em 31 de dezembro de 2019, a China reportou, à Organização Mundial de Saúde (OMS), casos de uma grave pneumonia de origem desconhecida em Wuhan, na província de Hubei. 

Em 07 de janeiro de 2020, um novo coronavírus foi identificado, também na China, como a causa dessa “pneumonia”. O vírus foi temporariamente nomeado de “2019-nCoV”.

Em fevereiro, a OMS passou a utilizar oficialmente o termo Covid-19 para a síndrome respiratória aguda grave causada pelo novo vírus, que também ganhou sua nomenclatura definitiva: Sars-CoV-2.

Na primeira semana de fevereiro de 2020, o número de mortes pela COVID19 ultrapassou 800 pessoas, e superou a Sars, doença causada pelo Sars-CoV-1 e que matou 744 pessoas em todo o mundo entre 2002 e 2003. 

Ao longo dos dias, o vírus da COVID19 foi se disseminando rapidamente, até que no dia 11 de março de 2020 a Organização Mundial de Saúde declarou que a progressão geográfica da doença atingiu o estado de Pandemia.

Devido à alta taxa de mutação do vírus, esta doença se alastrou sem precedentes e persiste há mais de 2 anos causando diversos processos de reinfecção mesmo em populações vacinadas.

O COVID19 atingiu todos os países do mundo, ocorreram mais de 500 milhões de infecções notificadas ao redor do mundo com mais de 6 milhões de mortos.

Rápido e Letal

No início da pandemia o processo infeccioso era bastante agressivo, os pacientes passavam por um curto período de sintomas respiratórios leves 3 a 5 dias, evoluíam para uma melhora discreta dos sintomas e por volta do sétimo ao décimo dia da doença havia uma reação inflamatória muito intensa no organismo do hospedeiro e esses pacientes apresentavam evolução para insuficiência respiratória em questão de horas.

Como a doença se alastrou em uma velocidade nunca antes vista, a ciência médica teve grande dificuldade de acompanhar sua progressão e houve grande atraso no desenvolvimento de terapias específicas e medidas de profilaxia.

Mas felizmente ao longo dos anos em que a doença se manifestou foram desenvolvidas diversas vacinas bastante eficazes contra a maioria das cepas mutantes do SARS-Cov2.

Após mais de 2 anos do início da pandemia ainda existem diversos casos de novas infecções diariamente, mas houve uma grande mudança no perfil dos pacientes e consequentemente na evolução do quadro clínico.

Como a maioria da população encontra-se vacinada com mais de 2 doses, a resposta do hospedeiro ao microorganismo é muito mais rápida e o vírus não consegue desencadear todo o processo inflamatório que ocorria nos anos anteriores, a grande maioria das infecções é pouco ou assintomática e as terapias específicas ficaram reservadas para uso em pacientes com deficiência de imunidade.

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